quarta-feira, 20 de maio de 2009
Mulata Exportação
" Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar
Vem, nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê
Vem, nega, se eu ter que fazer nada. Vem sem ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem, nega, me ama, me colore
Vem nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar"
Imaginem: Ouvir tudo isso sem calam e sem dor
Já preso esse ex-feitor, eu disse: "Seu delegado"
E o delegado piscou
Faleei com o juiz, o juiz se ensinuou e decretou pequena pena
com cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: " Seu juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocpidio
nada disso se cura trepando com uma escura"!
Ó minha máxima lei, deixai de asneia
Não vai ser um branco mal resolvido
que vai libertar uma negra
Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimido
que vai aliviar seu passado
Olha aqui, meu senhor
Eu me lembroda senzala
e tu te lembras da casa-grande
e vamos juntos escrever sinceramente outra historia
Digo, repito e não minto
Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando samba que eu te redimo ou te acredito:
Vê se te afasta, não insista, não invista!
Meu nojo
Meu engodo cultural
Minha lavagem de lata
Porque deixar de ser racista, meu amor, não é comer uma mulata!
Recital de Poesia
Com licença poética - Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina
Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade da alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Analise do Texto Gigôlo das Palavras

O autor desse texto usa de uma forma engraçada para mostrar que ele depende das palavras porém ele sempre está no comando. Um gigôlo é dependente de uma mulher, no entanto é subordinada a ela. Já o Veríssimo quer mostrar que ele depende sim das palavras só que quem vai mandar nelas é ele. Ele coloca também que ele usa de palavras que ele realmente sabe pois pra ele, elas são muito " perigosas". O que podemos tirar de conclusão é que dominamos a gramática (apesar de possuir palavras que nós confunda) e que não devemos ficarmos presos a um mundinho onde seremos sempre escravizados pela gramática.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Resumo de Citação
[...] "Apesar de não ter controle sobre as causas que o levaram a agir como agiu, o garoto é responsável pelo que fez" [...]
Essa parte do texto me chama atenção pelo fato de sempre acreditar que você é responsável pelos seus atos. É engraçado porque muitas vezes dizemos: " A ele não sabe o que faz", " A ele não teve culpa". Estamos fazendo um julgamento errado. Porque assim como eles querem que a mude a maioridade pra 16 anos, eles devem pensar muito bem antes de sair por ai acabando com vidas inocentes. E ainda a mídia tenta justificar dizendo que eles estão assim por causa do mundo que está todo corrompido. Em partes sim, mas em outras não. Em hipótese nenhuma justifica, eu, não ter dinheireo pra comprar uma roupa e o primeiro que eu vê pela frente eu matar. Isso vai me trazer o dinheiro?? É claro que não, pelo contrário, vai trazer mais sofrimento. Então é isso que deve ser trabalhado, a carência que esses jovens tem, se não o nosso mundo estará mais perdido que tudo.
Resumo Crítico
O nosso mundo cria uma "norma" de que pessoas que comentem atrocidades, muitas vezes não tem culpa ou simplesmente estão fora de si. O caso da morte de Jõao Hélio é um dos grandes exemplos disso. O que vemos é um adolescente matando uma criança. Tudo isso pra que?? Descontar nos outros a inveja que ele tem em não possuir absolutamente nada?? Tá, que seja. Mas não justifica e muito menos é uma ajuda pra que reduza a sua pena ou que não seja cumprida. Estamos muito acomodados, achando que se ele entrou no mundo do crime, vai crescer e morrer no mundo do crime. É ai que erramos. Ele entrou sim, porém, não é obrigado a permanecer. Mas pra que isso aconteça precisamos de pessoas que estejam preocupadas com esses jovens. E se quem tem essa autoridade são os mais favorecidos, porque não mudar de postura pra tentar salvar uma geração corrompida desde as primeiras engatinhadas?? Se é uma vida sem desigualdade que queremos, então é melhor agirmos rápido, porque o tempo não passa, ele voa, e não queremos esperar o próximo Jõao Hélio.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Morte do Avarento
Morte do Avarento é uma obra do pintor Hieronimus Bosh, realizado no período 1490-1500, executado a óleo sobre madeira. Mede 92,6 centímetros de altura e 30,8 cm. de largura.
segunda-feira, 4 de maio de 2009

Édipo e a esfinge, de Igres. (1808. Oléo sobre tela)
Essa retrata o Arcadismo. Mostra o equilibrio entre a razão e sentimento.

A Virgem e o Menino com a Santa Agnes e Santa Martina, de El Greco. (1597-1599)
Essa representa a escola do Barroco. Faz retomada dos valores cristãos, uma virgem com seu filho nos braços, rodeada de outras santas.